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Francisco Stromp PDF Versão para impressão Enviar por E-mail

Francisco Stromp nasceu no Largo do Intendente, em Lisboa, e foi o primeiro grande símbolo do nosso clube, o grande Sporting Clube de Portugal.

Com três anos de idade, Francisco Stromp adoeceu, levando os seus pais a mudarem se para o Lumiar, que nessa época ficava fora da cidade de Lisboa, e era uma zona de bastante ar livre. Foi por aqui que Stromp cresceu e conheceu entre outros o neto do Visconde de Alvalade, José Roquette.

Francisco Stromp

Estudou no Liceu Camões, onde foi colega de carteira de Mário de Sá Carneiro. Era reconhecido como um aluno bastante aplicado e diz se que era mesmo uma referência na instituição, pelo que pressupõe que a sua dedicação ao emblema leonino lhe terá retirado a hipótese de concluir o seu curso de engenharia.

Juntamente com o seu grupo de amigos, Francisco Stromp resolveu criar um clube desportivo, o Campo Grande Football Club, que mais que um clube desportivo era também um clube recreativo. Num piquenique decorrido em Loures, datado de 12 de Abril de 1906, estas duas “versões” do clube do Campo Grande confrontaram se, pelo que após muito debaterem, uns meses mais tardes deu se origem à criação do nosso clube, o grande Sporting Clube de Portugal.

No ano de 1908, Francisco Stromp estreou se na equipa principal quando tinha apenas 16 anos de idade. Foi o primeiro grande capitão do Sporting, jogando na posição de médio direito ou avançado centro. Esteve na equipa do Sporting Clube de Portugal até 1923/24. O S.C.P conquistou o seu primeiro titulo de Campeão de Lisboa em 1915, e em 1923, ultima época de Stromp na equipa principal do Sporting, o Sporting conseguia já o seu quarto titulo, numa equipa capitaneada, como já foi dito, por Francisco Stromp.

Os seus companheiros de equipa diziam que ele era a alma da equipa, e também do próprio clube, apelando vezes sem conta ao Sportinguismo de todos, tornando se assim no principal ídolo dos adeptos leoninos. Viveu o Sporting como poucos, podendo se dizer sem qualquer duvida que o que moveu Stromp foi o seu amor pela camisola verde e branca, incitando todos os seus colegas a respeitarem o símbolo e a grandiosidade do nosso clube. Francisco Sromp jogou cento e sete partidas de leão ao peito, sendo capitão durante dez anos.

Depois de uma também brilhante carreira militar, Stromp trabalhou no Banco Ultramarino. Infelizmente Stromp morreu muito mais cedo do que qualquer um desejaria, devido a uma grave doença, a sífilis. O seu pai detectou lhe o mal quando este o surpreendeu, ao tentar comer a sopa com um garfo. Devido a este seu estado os erros no banco, seu local de trabalho, iam se acumulando.

A 1 de Julho de 1930 faleceu por vontade própria, escolhendo o dia em que o Sporting comemorava os seus 24 anos de existência. Ficou então perpétuamente como o sócio nº3 do Sporting Clube de Portugal, número que este detinha na data da sua morte. A 26 de Outubro de 1990 foi lhe atribuído pelo Governo a medalha de mérito desportivo.

Em homenagem a Francisco Stromp existe uma rua, um equipamento e até uma antiga curva do Estádio José Alvalade com o seu nome, para alem do prémio de mais alto prestigio que qualquer sportinguista pode alcançar.

 

Júlio Rendeiro

A história do SCP foi edificada com o contributo de inúmeros atletas que desde 1906 concretizaram um sonho que estará sempre por cumprir.

Nos primeiros tempos tratavam-se de atletas que simultaneamente eram dirigentes, seccionistas, roupeiros numa comovente demonstração de amor à camisola.

Neste espaço pretendemos evocar os homens e mulheres que engrandeceram o ideal de Francisco Stromp. Queremos valorizar aqueles que, nas mais diversas modalidades, transformaram o SCP na maior potência desportiva nacional, num dos maiores da Europa em títulos conquistados e no topo do mundo com mais de uma centena de atletas olímpicos.

Assumimos o legado deixado pelas várias gerações de atletas e por ele lutamos convictamente.

 

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